sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Inhã
Recentemente li um texto no livro Batuque no Rio Grande do Sul de Norton F. Nascimento falando que existe um tambor feminino de 1 metro de altura, em forma cônica chamado inhá e muito utilizado antigamente nas casas do batuque gaúcho. Parelelamente a isso, no blog Povo do Santo, mais precisamente no texto que fala da mulher no atabaque, há uma referência a esse tambor, dizendo que tem origem na nação africana Oyó. Juntando com outra informação que me foi passada por Lindomar Alves (60 anos de religião africana, nascido em Rio Grande), foram de nação Oyó as primeiras casas religiosas em Pelotas, chego à uma hipótese de o nosso sopapo ou grande tambor ou ainda tambor rei ser uma Inhã, tambor que não poderia ser tocado por mulheres, já que mulher não encosta em mulher. Pesquisando também a origem do djembê, li que, dizem, na África se tratar de um tambor masculino, e o ashiko (tambor cônico, igualzinho ao sopapo, só em tamanho menor, normalmente entre 60 e 70 cm de altura) ser a versão feminina do djembê. Como tenho os dois aqui em casa, djembê e sopapo, e colocados os dois lado a lado, percebe-se claramente que, a forma do djembê faz referência a um falo com sua glande protuberante e que, o sopapo ou inhã, faz referência ao aparelho reprodutor feminino, com canal vaginal bem definido.
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